Os 12 Chacras e a Caridade (Religiões e Divindades)

Os 12 Chacras e a Caridade (Religiões e Divindades e a Caridade)

"Fora da caridade não há salvação."
(Allan Kardec)

Caridade, do latim CARITAS, que vem da palavra CARUS, que quer dizer de alto valor, que é estimado ou amado. CARITAS também pode ser escrita como CHARITAS, imitando o grego CHARIS, que quer dizer GRAÇA.

Muita gente pensa em caridade apenas como o ato de dar esmolas ou dar dinheiro. Mas a caridade é muito mais do que isto. É o próprio ato de amor ao próximo.

Um dia há muitos anos pedi a Deus para que me explicasse o que é a caridade, além do ato de doar dinheiro para outras pessoas. Eu queria saber da caridade além do ato de ajudar até.

Deus me ouviu, como sempre ouve. E me mandou para diversos lugares e pessoas que me responderam imediatamente.

Eu estava no Jardim Botânico e encontrei três freiras andando ali. Reconheci que elas deviam ser da mesma ordem da Madre Teresa de Calcutá, afinal os trajes com as listras azuis eram iguais ao da Madre. Fui falar com elas e elas me disseram que sim, eram da ordem da Madre, as Missionárias da Caridade. Elas tinham sotaque estrangeiro e me disseram que conheceram a Madre quando viva.

A senhora mais velha me deu uma medalhinha de Nossa Senhora das Graças e explicou que a Madre Teresa sempre dava estas medalhas para as pessoas. Elas me disseram que tem uma obra de caridade aqui no Rio, um abrigo para moradores de rua no Centro da Cidade.

Naquele mesmo sábado, fui a um grupo de estudo da mocidade espírita da Casa Espírita Francisco de Paula. Eles falavam sobre a reencarnação e a questão do carma. O moço que falava disse que o carma pode vir em forma de uma doença e exemplificou falando de um homem com um braço com uma doença que seria cuidada por uma enfermeira. A cura deste braço seria o perdão daquele carma.

Ele explicou que a raiz da palavra perdão vem do latim PER - DONARE, que quer dizer PARA DOAR. Pois carmas são dividas que precisam de pagamento. Se você perdoa as dívidas de outra pessoa, esta pessoa fica com as "moedas" do espírito, como se tivesse recebido uma doação.

A cura é o perdão e o perdão é a caridade espiritual. Madre Teresa era enfermeira. Quando o moço contou esta história, eu lembrei disto e fiquei a refletir na confirmação e na resposta que recebi de Deus.

Mas ainda existiam outros mistérios. Peguei a medalha de Nossa Senhora das Graças e pensei nos motivos de Madre Teresa distribuir exatamente aquela imagem. Por que as graças? Qual seria a ligação das graças com a caridade?

Na medalha, partem raios das mãos de Nossa Senhora. Estes raios são as graças que ela envia para a Terra.

Estava no Centro da Cidade e vi uma procissão vindo da Igreja do Rosário, para Nossa Senhora do Rosário. Uma mulher vinha dali, pegando as pétalas de rosas que eram jogadas. Ela me disse que frequentava uma parte da igreja que era ligada à caridade e o fazia por gratidão por ter sido curada de câncer.

Gratidão. Esta era a palavra. As graças são as curas e a gratidão o sentimento gerado pelas curas. Agradecer, gratidão, graça, tem uma mesma origem. Depois da caridade da cura, a gratidão. O dar de volta, o retribuir com mais amor, o reconhecimento. É por isto que as pessoas dizem "Graças a Deus!"

Os 12 Chacras e a Caridade

O primeiro chacra, o chacra básico, liga-se à caridade no sentido de que seu bloqueio é o medo, a insegurança, a posse, a competição, a ideia de escassez. Seu desbloqueio é a coragem, a segurança, o desapego, a cooperação e o compartilhar e a ideia de abundância. Caridade é compartilhar, ajudar ou cooperar. Para isto, a pessoa precisa de desapego.

O segundo chacra, o sexual, bloqueia-se com a culpa. Seu desbloqueio é o prazer moderado sem culpa. A pessoa precisa se perdoar e moderar os seus sentidos (a necessidade de prazer do mundo material), precisa ter caridade consigo.

O terceiro chacra, que é o solar, bloqueia-se pela frustração dos desejos, o que culmina na raiva. Muitas vezes a frustração e a raiva resultam de coisas que não estão prontas tão rapidamente quanto se pensou que pudessem estar prontas, ou de se achar que as outras pessoas seriam muito mais do que são. O seu desbloqueio é a mudança do modo de agir, mas também envolve outras coisas. Muitas vezes esta frustração e raiva está ligada a pessoas. Para não desenvolver raiva e ódio das pessoas, o indivíduo precisa ter humildade (parar de pensar que o Rei Sol do orgulho está na barriga e pensar no Rei Sol do espírito que tem humildade) para compreender o outro, ter tolerância e paciência para com o outro, para não cair na raiva e no ódio. Se cair na raiva e no ódio, acaba por fazer algo para acabar com aquela pessoa ou situação de maneira destrutiva e destruir pode ser a falta de perdão (que é a caridade). Lembrar que a caridade tem paciência, tolerância e humildade.


O quarto chacra (cardíaco) é o que fica bloqueado com as perdas, as mágoas, a tristeza e a decepção para com os outros e para com a própria pessoa, levando a uma auto-estima baixa. Seu desbloqueio é o perdão no caso das mágoas. É o deixar ir (no caso das perdas). É diminuir as expectativas em relação aos outros e a tudo o que está à nossa volta para não nos decepcionarmos. É também nos perdoarmos para conseguirmos amar a nós mesmos e termos uma auto-estima adequada. O perdão é a própria caridade.

O quinto chacra (laríngeo) bloqueia-se com as ilusões, as mentiras que contamos a nós mesmos, o não admitir as nossas imperfeições ou não admitir as nossas qualidades. Bloqueia-se com o mal uso das palavras, como nas fofocas e difamação (que são julgamento dos outros). Seu desbloqueio vem com admitir o que se é de fato. Vem com o não julgar (ter humildade, paciência e tolerância que são qualidades inerentes à verdadeira caridade).

O sexto chacra, o frontal, prepara o indivíduo para a compreensão e a visualização de todo o processo de cura que passou, proporcionando uma ligação entre passado, presente e futuro como conhecimento, como a mente. Percebe-se como tudo está conectado, através de um conhecimento que pode ser a abertura do terceiro olho por exemplo ou por processos mais simples. É a aceitação do tempo divino. É a aceitação de tudo o que se tem, de ser feliz com o que se tem e que você pode ser feliz jogando fora tudo o que não serve mais, o que ficou no passado. Aqui, se a pessoa se decepciona com expectativas com pessoas próximas, desenvolve bloqueios e doenças neste chacra. Por isto, precisa perdoar, aceitar.

O sétimo chacra (coronário) é quando a pessoa consegue se desapegar do mundo material, dos resultados da ação, é o viver para o presente, para o agora, pois a pessoa já aceitou o passado (no sexto chacra) e se desprende do resultado futuro. Todo o lixo emocional é agora jogado fora, as dores cessam.

O oitavo chacra é estar no topo da montanha, começando a sentir a gratidão por tudo. A pessoa começa a agradecer por tudo, a demonstrar gratidão.

No nono chacra, as graças vem para a pessoa como alegria e risos.

No décimo chacra, ocorre a união do indivíduo com o Eu Divino, é a chegada à Unicidade, além da dualidade.

No décimo primeiro chacra, os desejos da pessoa estão em conexão com a vontade divina. Neste momento, a pessoa traz da Fonte Criadora para a Terra ações e conceitos divinos que ajudarão no Planeta de forma positiva.

No décimo segundo chacra, a pessoa percebe a necessidade de servir a todos, levando para todos as curas que recebeu, agindo para a comunidade. A pessoa se torna a caridade. Ela se conecta com a Natureza e sente-a como parte de si.

Para saber mais sobre os 12 chacras, procure:

Tabela dos 22 Chacras
Os 12 Chacras e a Cura Emocional
Os 12 Chacras e o Pai Nosso


Religiões e Divindades e a Caridade

Jesus Cristo

Jesus é o máximo exemplo de caridade. Ele curava as pessoas, praticava e ensinava o perdão, falou sobre a não-violência, sobre o compartilhar no milagre dos pães, trouxe as palavras do Evangelho que norteiam a humanidade para o amor universal. Tal foi o seu amor pela humanidade que Ele deu o seu corpo em uma simbologia que nós devemos refletir.

O contrário do amor é o ódio, é o não perdoar e o jogar a culpa nos outros a ponto de acontecerem linchamentos, pena de morte, torturas e todo tipo de ato destrutivo contra outras pessoas. Quando Jesus morreu na cruz, era época da Páscoa e na Páscoa hebraica ofereciam um cordeiro como sacrifício. Os sacrifícios de animais eram para "expiar" as culpas, os pecados, por isto a história do bode expiatório. Jesus ficou conhecido como o cordeiro de Deus, porém como um alerta. As pessoas em várias religiões faziam sacrifícios de animais e de pessoas, da mesma maneira que o processo de assassinato, punições, julgamento e guerras se dava através de jogar a culpa no outro, fazer o outro expiar pelas culpas de tudo condenando o próximo à morte.

Jesus disse que Deus vive dentro de nós. Logo, todos nós temos Deus dentro de nós. Jesus sendo o representante de Deus na Terra, sendo condenado à morte, seria como se dissesse, não façam o mesmo, para nenhum outro ser humano, afinal, seria como se estivessem fazendo isto a Deus.

Era o que a humanidade precisava entender. Uma mensagem difícil a ser passada e compreendida na época. Ainda hoje esta mensagem não é compreendida por parte da humanidade.

Jesus também deixou a oração do Pai Nosso que tem correspondência com os chacras. Em outro tópico, falarei mais sobre isto.

Dentre os santos católicos, existem muitos que são exemplos de caridade e que falaram sobre a caridade, como São Tomás de Aquino. Cosme e Damião eram médicos e pela cura exerciam a caridade. Coloco aqui apenas alguns exemplos.

São Paulo (Paulo de Tarso)

São Paulo escreveu a Epístola 1 de São Paulo aos Coríntios no capítulo 13, a versão mais conhecida fala:

"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine."


Existem algumas versões que dizem:

"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, sem caridade, nada seria."

O que São Paulo queria dizer com isto?

O espírito demoníaco, sem ética, pode conhecer os mistérios e a ciência (pode conhecer tecnologia e ocultismo), pode "transportar os montes" (fazer telecinese), pode "profetizar" (ter mediunidade) e ainda assim agir por egoísmo, não por amor ao próximo, não para ajudar os outros. Lúcifer era um "anjo" (ou uma coletividade de espíritos que chegaram até uma parte do processo ascensional) que caiu, ele tinha todo o conhecimento em algumas partes, podia criar mundos, mas resolveu fazê-lo sem Deus, sem o amor, sem a conexão pelo chacra coronário que se faz com a nossa parte divina e com a parte divina dos outros seres. Existem médiuns hoje em dia que conseguem fazer estas coisas, porém caem por tentar utilizar estas faculdades mediúnicas de maneira egoísta. Criar tecnologia de guerra para cultivar o ódio é um dos exemplos de ter conhecimento e não utilizar para construir e amar ao próximo.

"A caridade é sofredora, é benigna; (...); tudo espera; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, (...)"

Esta parte fala sobre suportar o sofrimento, conseguir encarar o sofrimento do próximo para ajudá-lo. Por isto diz-se que a caridade é sofredora.

Aquele que pratica a caridade e o perdão precisa ter paciência ("tudo espera"), pois para perdoar precisa de humildade, tolerância e compaixão.

Para se ter caridade genuína, é necessário ter humildade. Pois somente com a humildade uma pessoa pode admitir os erros e não jogá-los nos outros, não achar que é melhor que os outros para não julgar e não condenar, perdoar, pois o perdão é caridade.

"Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;"

Aquele que ama o próximo, que pensa no próximo, não pode se conformar com injustiças.

"A caridade nunca falha: mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos e em parte profetizamos;
Mas quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado."

Quando a maioria da humanidade conseguir acessar sua parte divina, quando os atos das pessoas obedeceram ao seu Eu Superior, seu Eu Divino na maioria do tempo, quando a conexão for feita na maioria do tempo, esta conexão e seus atos não serão mais considerados "profetizar", mas serão considerados atos normais das pessoas e não algo sobrenatural. No entanto, as pessoas ainda vivem uma boa parte do tempo sem a conexão com o Divino e por isto vivemos ainda "em parte".

"Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido."

Como a maioria das pessoas não tem esta conexão com o Eu Superior durante a maioria do tempo, não tem  o contato com o espírito, o que é do mundo espiritual  permanece um "enigma", passado para as pessoas nas fórmulas místicas, no conhecimento esotérico trazida pelos magos, sacerdotes e avatares. A linguagem do espírito tenta ser traduzida pelos sábios, magos, sacerdotes e avatares que tem a conexão com o mundo espiritual e que enxergam o mundo espiritual, com a linguagem do mundo material, que é imprecisa para descrever o mundo espiritual, por isto as fórmulas místicas permanecem um mistério para o homem comum. É como se estes espíritos já conectados com o mundo espiritual tentassem fazer um espelho do mundo espiritual no mundo material, mas isto permanece imperfeito.

É como se um Mestre visse e sentisse as energias do mundo espiritual, os espíritos, as formas e tentasse descrever em linguagem terrena. Quem já teve alguma experiência mística de ver algo do mundo espiritual sabe que é indescritível nas palavras que são usadas para falar do mundo material.

Quando chegarmos na verdade do espírito em todos os atos de nossas vidas, quando fizermos a conexão em todos os momentos de nossas vidas, conheceremos o Divino, através do auto-conhecimento ("então conhecerei como também sou conhecido"), despertando o nosso Deus interior, fazendo a conexão através do desbloqueio de todos os chacras (que é o auto-conhecimento completo), veremos a totalidade.

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três, mas a maior destas é a caridade."

Através da caridade, vence-se o medo e atinge-se a cura e a gratidão, aumenta-se a fé. Quanto mais gratidão, mais conexão com o Divino e mais fé a pessoa adquire. Quando chegarmos coletivamente no estágio onde a maioria está conectada com Deus, quando este mundo chegar efetivamente a ser de regeneração, não precisaremos tanto de "esperança", pois a esperança existe por conta do mal prevalecer e você esperar que venham boas novas.

São Francisco de Assis

São Francisco de Assis percebeu pelos olhos do espírito que a igreja de seu tempo havia se corrompido pelos bens materiais, dado privilégios para aqueles que tinham mais posses. O desapego é necessário para que as pessoas deixem a caridade agir. É o contrário da avareza e da ostentação. Ele procura fazer uma igreja para os simples e humildes. Diminuindo as necessidades materiais, diminui-se a necessidade de correr e competir e abre-se o caminho para o compartilhar e a cooperação. A caridade também consiste no compartilhar e na cooperação, que é ajudar ao próximo. Francisco retirou-se da guerra dos cruzados e decidiu viver pela paz.

Além disso, São Francisco estende a caridade para os animais e reforça a ligação com a natureza, relembrando a gratidão à Mãe Natureza e à Mãe Terra, que nos dá tudo, desde alimento, abrigo, roupas e o nosso próprio corpo.



Xamanismo e Povos Indígenas


Em verdade, o que São Francisco de Assis estava fazendo era apenas relembrar o que os indígenas de todo o mundo já sabiam, ao reconectar com a Natureza. Os povos indígenas de todo o mundo viviam em harmonia com a Natureza não por serem primitivos, mas por compreenderem a gratidão e o respeito por tudo o que é vivo. A cada animal morto, agradece-se à Mãe Terra pelo que foi recebido. Assim como todo alimento e tudo o que se obtém para viver. O homem moderno esqueceu-se de que a raiz de todas as religiões é o xamanismo, quando nós ainda mantínhamos a nossa conexão com a Natureza.



Conexão é a chave para compreender o mecanismo da caridade, cura, perdão e gratidão. É através do viver para o próximo que refazemos esta conexão e compreendemos a necessidade que temos do outro. A conexão com os seres humanos e com a Natureza.

Hinduísmo

No hinduísmo, a Gita diz que existem três modos da natureza. O modo da bondade (caridade) que consiste em uma ação que pode começar com sofrimento e termina com a felicidade. O modo da paixão que consiste em uma ação que pode começar com prazer e termina com sofrimento. O modo da ignorância que começa com ilusão e termina com ilusão e sofrimento.

A caridade realmente pode começar com sofrimento, pois para fazer caridade, para ajudar uma pessoa, você precisa entrar em contato com o sofrimento da mesma. A pessoa precisa ter empatia, se está fazendo a caridade com o coração, não por ostentação. O resultado desta ação é uma felicidade interna, um prazer interno de simplesmente ter ajudado. É o prazer do espírito.

A paixão é um modo de ação que começa com o prazer, porém como se baseia em excessos de prazer material, resulta em sofrimento. Quem come em excesso por prazer acaba ficando doente, por exemplo.

A ignorância é o modo de ação que começa com ilusão, por ser por exemplo a pessoa roubar alguém para obter algo que ela acha que vai ser útil, porém era uma ilusão. A pessoa termina presa. O resultado é o sofrimento.

No modo da bondade (caridade), o indivíduo atinge a iluminação, vive longe dos pecados, consegue ir para outros planetas mais avançados.

A prática do yoga e da meditação incluída no yoga abre os chacras e leva a pessoa ao chacra coronário, que é o chacra do desapego.

Este é Shiva, o deus hindu que trouxe o yoga para a Terra. Ele tem o terceiro olho aberto. Observe a posição das pernas e dos pés. Esta é uma posição do yoga, da meditação do yoga que é feita para ativar a energia Kundalini. É considerada uma posição avançada. Shiva usa a roupa com pele de tigre simbolizando que ele venceu o medo que é o bloqueio do chacra básico. Abriu o chacra básico, desbloqueou o chacra básico. O Shiva Lingan na sua frente, de onde sai leite e mel ou a água da vida, que seria a glândula pineal e a Amrita ou Soma (néctar dos deuses), que atua na pineal abrindo o terceiro olho. A cobra em seu pescoço é meramente o ego que já foi dominado, o desbloqueio dos chacras até chegar ao chacra coronário, a ligação com o Eu Divino.

O hinduísmo considera a vaca sagrada e ela está presente em diversos Vedas. Krishna amava o gado e ficava perto deles. Mais adiante, mais será falado sobre a divindade do gado. Para os hindus, a Era de Ouro na qual entraremos é como um touro que se apóia em quatro patas. Seria a Satya Yuga.


Gandhi


Gandhi praticava a não-violência que ele chamava de "Ahimsa" (amor). Ele definia desta maneira:

"O ahimsa (amor) não é somente um estado negativo que consiste em não fazer o mal, mas também um estado positivo que consiste em amar, em fazer o bem a todos, inclusive a quem faz o mal."

A não-violência é como um perdão para quem ofende. E mais do que isto, é caridade, pois é fazer o bem.

"É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior."

A caridade que é feita para aliviar o sofrimento dos outros é como este sofrimento.

"A civilização, no sentido real da palavra, não consiste na multiplicação, mas na vontade de espontânea limitação das necessidades. Só essa espontânea limitação acarreta a felicidade e a verdadeira satisfação. E aumenta a capacidade de servir."

Esta frase de Gandhi fala sobre restringir as próprias necessidades materiais. É uma boa reflexão neste mundo materialista e capitalista que preza o consumo e hoje em dia, a ostentação. Para restringir a própria necessidade e para servir e doar, fazer a caridade, a pessoa precisa de desapego.

"Quem busca a verdade, quem obedece a lei do amor, não pode estar preocupado com o amanhã."


Sim, a preocupação com o amanhã é a ansiedade, o medo do futuro. Aquele que vive a caridade em todos os seus atos está guardado por Deus sempre e por isto não precisa temer o futuro, pois Deus sempre dará o que é bom. É o merecimento. Viver no agora, já curado (a) do que aconteceu no passado e agindo para o bem, sem temer o futuro, sem se preocupar com o futuro, sem ansiedade.

Mata Amrita Anandamayi (Amma)

A santa hindu Amma (Mata Amrita Anandamayi), que percorre o mundo abraçando as pessoas, é considerada um avatar da Mãe Divina. Ela é diamante, um avatar. Já veio pronta desde seu nascimento. Diz-se que ela nasceu com uma coloração azul na pele, que seria a coloração dos deuses hindus, como Krishna e Shiva. Ela começou a andar muito mais cedo do que as crianças normais e falava muito mais cedo também. Tem uma memória assustadora. Mas tudo isto vai além da memória.

Muitos dizem que ela sabe de tudo o que acontece com você e com os devotos dela. Sim, isto é verdade, pois eu estive no Ashram (retiro espiritual) dela em Toronto no Canadá em 2012 e recebi seu abraço. Quando ela me abraçou, ela me falou uma frase em português claro, muitas vezes, mais de dez vezes, sem saber que eu era do Brasil. Minha mãe me ligou de noite e disse exatamente aquela frase que a Amma falou pra mim.


Mas mais forte do que tudo isto, do que o dom de profetizar, são os atos dela e a missão de vida. Ela tem uma obra de caridade que é considerada a maior do mundo. Ela ajuda mais de um milhão de pessoas na Índia. Seus devotos e sua obra constrói casas para os desabrigados do tsunami do mar da Indonésia, construiu uma universidade, um hospital, presta assistência às viúvas que são abandonadas na Índia. Ajuda crianças, pobres que tem fome. Ela percorre a Índia incansável ajudando todas estas pessoas. O mais legal do retiro dela são as "sevas", os serviços que prestamos para todos.


Amma também ama as vacas e os bois e os abraça. Desde criança, foi vista junto com eles, muito pequena.

Budismo

Existiram diversos Budas na Terra. O mais conhecido é Sidarta Gautama Buda (Sakyamuni).

O budismo fala sobre a cessação do sofrimento através dos atos e pensamentos corretos para com o próximo. Fala sobre o controle dos sentidos e a restrição das necessidades físicas, que é o desapego do mundo material.

A meditação aumenta a mediunidade e esvazia a mente de pensamentos que podem ferir o próximo e a si mesmo. Ela faz com que a pessoa entre em contato com a própria alma. A alma está no silêncio dos pensamentos. Este suposto vazio é o Nirvana, o vazio dos pensamentos atingido ao chegarmos ao chacra coronário, que é a gratidão, o desapego. É o viver para o agora.


Além disso, Buda ao meditar na floresta compreendeu também a compaixão (caridade) pelos animais. Há um relato de que os animais começaram a trazer comida para alimentar Buda quando ele estava meditando, por terem compreendido que Buda se conectou com a floresta e os animais. Os budistas compreendem que devem respeitar os animais. No filme "Sete Anos no Tibete", os monges retiram cada minhoca da terra para construir um templo. Os budistas não comem carne, principalmente de vaca. Esta pintura mostra um macaco trazendo o favo de mel para Buda.


Um texto sobre a caridade por Buda, retirado do Evangelho de Buda (compilação de Paul Carus):

“ Buda, o Abençoado, disse:

O homem caridoso é amado por todos. A sua amizade é de grande apreço; na morte o seu coração está em paz e cheio de alegria, porque ele não sofre de arrependimento. Ele recebe a flor aberta da sua recompensa e o fruto amadurecido.

Difícil é entender: ao darmos a nossa comida ficamos mais fortalecidos, dando a roupa a outros ficamos mais bonitos, doando asilos de pureza e verdade adquirimos grandes riquezas.

A caridade tem um tempo apropriado e um modo peculiar, tal como o guerreiro que vai para a guerra, assim é o homem que é capaz de dar. Ele é como um guerreiro preparado, um condestável forte e sábio em ação.
Amoroso e compassivo, ele dá com cortesia e afasta todo o ódio, inveja e ira.

O homem caridoso encontrou o caminho para a salvação. Ele é como o homem que planta um rebento, assegurando assim a sombra, as flores e os frutos nos anos vindouros. Assim é igualmente o resultado da caridade, assim é a alegria daquele que ajuda os que necessitam de assistência; assim é também o grande Nirvana.

Atingimos o caminho imortal apenas pelos atos contínuos de bondade e aperfeiçoamos as nossas almas pela compaixão e caridade.”

Dalai Lama

Tenzin Gyatso é o décimo quarto Lama do Tibete. Ele fala sobre a compaixão, que é o mesmo que caridade. E principalmente fala sobre o perdão. O perdão aos nossos inimigos. Ele fala sobre isto para que as pessoas comecem a pensar mais na paz no mundo.

Ele fala sobre o respeito para com todas as religiões e fala sobre a caridade ou compaixão como sendo comum a todas e como sendo o objetivo básico da busca de todo o ser humano.

Aqui a transcrição do diálogo do Dalai Lama com Leonardo Boff:

"No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:
— Santidade, qual é a melhor religião?
Esperava que ele dissesse: "É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo".
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos — o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta — e afirmou:
— A melhor religião é aquela que te faz melhor.
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
— O que me faz melhor?
— Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.

(Citado no livro Conselhos Espirituais, Verus Editora)"

As Deusas

Umbanda


Yemanjá e Oxum são deusas da mitologia africana e regem a maternidade, a fertilidade e o amor incondicional. Yemanjá rege o sentido de comunidade, o amor aos familiares. Oxum é considerada a Vênus africana, a deusa do amor.

Ambas estão ligadas às águas. Yemanjá ligada ao mar e às espumas do mar, às pérolas e ao fato dos rios correrem para o mar e Oxum com cachoeiras. O elemento água é o que lida com as emoções e o amor sexual.

Elas carregam a caridade das grandes mães e a abundância da fertilidade.

Há quem diga que elas são sereias, uma do mar (Yemanjá) e outra dos rios (Oxum).


Mitologia grega e romana

Afrodite é a deusa do amor para os gregos (Vênus para os romanos), o significado do seu nome e o mito de seu nascimento fala das espumas do mar, parecendo muito com Yemanjá. É ligada à fertilidade, às pérolas.


Este é o quadro "O Nascimento de Vênus" de Boticelli. Ela vem nas espumas do mar e dentro de uma concha, como as pérolas. Muitos dizem que a Fonte Criadora de Tudo o Que É tem uma luz de cor perolada. Pode ser que neste amor que ela traz, ela demonstra a energia do décimo chacra que tem esta cor perolada e é o amor puro.

Clóris ou Flora (para os romanos) era a deusa grega da primavera e aparece ao lado de Vênus. Ela reinava sobre as flores, as sementes.


Este é outro quadro de Boticelli, "A Primavera". Novamente, Flora aparece com seu vestido de flores. Como Clóris, ao lado direito, Flora é sequestrada por Zéfiro, o vento de março (março no hemisfério norte seria como agosto no hemisfério sul, a época dos ventos após o inverno). Depois disto, ela se torna Flora ou Clóris a deusa da Primavera. No meio, está Vênus, simbolizando o amor que rege esta estação do ano. Do lado esquerdo de Vênus, estão as três Graças, meias irmãs de Vênus. Do lado das Graças, está Mercúrio ou Hermes, que tem o seu cauduceu e mantém o local seguro. O cauduceu de Hermes é o símbolo dos chacras e da ascensão para os gregos. Isto será tema de outro artigo. Cupido está no topo, no centro, trazendo a união entre os casais. A primavera é a época da fertilidade, do renascimento após o inverno rígido do hemisfério norte, de tanto sofrimento. A vida enche as florestas novamente e os animais entram na estação do acasalamento. As plantas recomeçam seu ciclo brotando de novo e espalhando flores, com beleza e leveza.

As Graças (para os romanos) ou Carites (para os gregos) são conhecidas como deusas da felicidade, ligadas à alegria, fertilidade, danças, banquetes. São meias irmãs de Vênus, a deusa do amor. São três, Aglaia (esplendor, claridade, luz), Eufrosina (alegria, euforia) e Tália (a que faz brotar as flores). Sim, as graças divinas são mesmo a alegria do nono chacra, a claridade e luz do décimo chacra e a abundância e fertilidade como se fossem flores a brotar no décimo segundo chacra. A felicidade são as nossas graças quando colhemos os frutos do amor divino.

A música "Sol de Primavera" de Beto Guedes fala em setembro no hemisfério sul e plantar, brotar o perdão, após choros e sofrimento. O perdão é a caridade.

Mitologia egípcia

Hathor é a deusa do amor, da fertilidade, da primavera, da maternidade, da dança, da música, da alegria e da beleza do antigo Egito. Era a deusa vaca sagrada, como a vaca era sagrada para os hindus e também representava a fertilidade e o amor maternal. Era protetora das crianças. Os gregos consideravam Hathor como Afrodite.

As vacas e os bois são animais nobres e tem inteligência. Os antigos, seja na Índia, como no Egito e em outros lugares, tinham esta sabedoria e respeitavam este animal.

As vacas e os bois doam praticamente tudo deles para a humanidade. Eles doam o couro (pele), a carne (toda a carne, todas as partes), o sangue, o leite, os chifres e até o esterco. Eles ajudavam os homens a arar a terra nas plantações. Eles são a pura caridade para os humanos.

Mitologia celta

Aine é a Rainha das Fadas da mitologia celta. É considerada a deusa da fertilidade, do amor, da luz, da alegria, das águas e da cura. Alguns dizem que ela era uma fada ou uma sereia. Ela é associada ao gado também, aos lagos, aos grãos, aos coelhos e aos cisnes. Aine ensinava às pessoas o amor mais elevado.

Dizem que ela era descendente do deus do mar Manannan Mac Lir que era um dos Tuatha de Danann.

Ela ajudava os viajantes que se perdiam nas florestas e também era conhecida como a Rainha da Floresta.

Ela tinha cabelos ruivos, uma característica que os antigos diziam dar muita mediunidade às mulheres, que eram consideradas sacerdotisas. Dizem que ela seria a mãe de Merlin.

Todas as deusas do sagrado feminino tinham características semelhantes e trabalhavam para um mesmo fim na humanidade, assegurar que os homens aprendessem o amor em todos os seus aspectos e no caso da figura da mulher, através da fertilidade e da maternidade.

O Povo Masai do Quênia

Mais uma vez o homem urbano acredita ser superior aos povos tribais. No entanto, os povos tribais ainda tem o sentido de comunidade muito forte e de comunhão com a natureza.

Os Masai vivem em harmonia com a natureza. Eles criam gado, porém bebem seu leite e sangue, mas não matam indiscriminadamente. Mesmo passando fome, quando há escassez de comida, eles conseguem fazer uma espécie de gelatina utilizando cascas de árvore. Além disso, se uma pessoa da tribo consegue alguma comida ou outro bem que seja, deve compartilhar com o restante da tribo.


Eles possuem um costume muito bonito de perdão dos erros. Eles levam a pessoa para o centro da tribo e falam tudo o que esta pessoa fez de bom durante dois dias. Eles acreditam que todas as pessoas vieram para o mundo com bondade e desejam a todos amor, paz, felicidade.


Eles fazem com que as pessoas se reconectem com sua essência, reerguer a pessoa, com a sua alma de bondade. Isto é o perdão.

A Grande Fraternidade Branca


Kwan Yin é também considerada como parte da Grande Fraternidade Branca, porém acredita-se que seu nome vem de uma tradução chinesa do nome de um bodisatva em sânscrito, Avalokiteshvara, que quer dizer "Aquele que ouve o lamento dos que sofrem". Na China e no restante do Oriente, ficou conhecido como uma divindade feminina. Lida com a compaixão, coragem e luz universal.

Mestre Hilarion é um mestre ascensionado que ajuda aqueles que trabalham com medicina, enfermagem, pesquisadores, irmãos de caridade, que trabalham para descobrir a cura para doenças e males. Ele atua com o raio verde e desde a Atlântida era um mestre ascensionado. Dizem que ele foi Paulo de Tarso.

O ZOHAR (da Kaballah hebraica)

O Zohar é o livro principal do estudo da Kaballah hebraica. No capítulo "A Rosa", explica-se que o ser humano vai sendo iluminado com a luz proveniente do Divino, que é o altruísmo. Começamos como uma rosa vermelha, ainda ligados ao mundo material e na medida que nos purificamos, vamos nos tornando com rosas brancas.

Favor não confundir com QABALLAH que é a dos ocultistas do mal que ainda por cima não utilizam o hebraico e sim o inglês como idioma desta cabala completamente alterada, que inverte tudo.



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